"A natureza faz poucas pessoas fortes, mas esforço e treinamento fazem muitas." (N. Maquiavel)

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Hipoglicemia Reativa - Cuidados para prevenir e remediar

Por Nilo Rolemberg


A preparação física já começou para a maioria dos "atletas de temporada", ou seja, para aqueles que só treinam em determinado período do ano - na véspera do verão para ser mais exato. Independentemente do objetivo, seja ele o fitness e/ou estética, a movimentação nas academias já aumenta nessa época.

A preocupação com o vestuário e o calçado é importante, mas será que você já está realmente pronto para o treino?

Com a rotina acelerada dos dias atuais, muitos mal têm tempo para cuidar de um item de importância única: a nutrição pré e pós-treinamento.

A hidratação somente, não é garantia de um bom desempenho durante a execução do programa de exercícios. O organismo desnutrido sob esforço pode desencadear várias disfunções que podem interromper a sessão de treinamento. Dentre essas disfunções, a mais comum e mais "famosa" é a hipoglicemia reativa.

Esta reação, na realidade, é uma defesa natural que acontece quando, sob esforço, o organismo tem a glicose sanguínea diminuída a ponto de ficar abaixo dos valores normais, evitando assim que o cérebro seja lesionado de alguma forma devido a insuficiência deste substrato energético.

Seus sintomas são variados e não obedecem uma ordem definida. Em geral, o indivíduo durante a prática de alguma atividade física de intensidade moderada à intensa, pode perceber:

- taquicardia
- transpiração anormal ("suor frio")
- tremores
- tontura
- palidez
- enjôo

Além desses sintomas, o indivíduo pode ter as pupilas dilatadas e em seguida pode chegar ao estado de inconsciência (desmaio) em questão de segundos. Nesse caso, o procedimento de reanimação do indivíduo é simples, porém urgente:

- deite-o no solo
- suspenda suas pernas formando um ângulo com o solo acima de 45º
- mantenha as pernas erguidas por alguns minutos até o retorno total de consciência
- sem pressa, coloque-o na posição sentado
- questione-o quanto o seu estado de consciência e observe se existe sentido na sua fala
- sirva um lanche para recompor o nível glicêmico no sangue

Obs.: Na academia de musculação/ginástica, existem profissionais prontos para ministrar os primeiros socorros - Educador Físico. Portanto, não precipite o atendimento sem que seja realmente necessário. Acione o educador físico imediatamente ao ocorrido ou mesmo quando perceber que alguém não se sinta bem, pois ele saberá qual providência tomar.


Mas...

Como prevenir esse mal?

Todo praticante de exercícios, seja regular ou irregular, de rendimento (atletas) ou não, DEVE, pelo menos com 1 hora de antecedência à rotina de treino do dia, ingerir quantidade suficiente de carboidratos e demais nutrientes (de preferência orientado por um nutricionista). E é indicado que até 15 minutos após o término do treinamento, o indivíduo faça uma nova refeição (e/ou suplementação específica definida por profissional especializado - nutricionista) para repor os estoques de energia do organismo.

A hidratação deve ser mantida durante todo o processo de treinamento e o descanso é muito importante para o processo de restauração dos substratos energéticos no organismo.


Aproveitem bem a temporada de treinamento de forma inteligente e saudável!!

Sucesso!





quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DIABETES E EXERCÍCIO FÍSICO - É POSSÍVEL?

Por Nilo Rolemberg

Não é de hoje que se discute sobre a compatibilidade entre diabéticos e a prática de exercícios físicos.

Apesar de tantos estudos sobre o tema, ainda existem correntes que insistem em questionar os benefícios causados por um programa de atividades físicas elaborados de maneira adequada e direcionada ao perfil do indivíduo que o pratica.

Para esclarecer de vez esta questão, precisamos saber do que se trata o "temido" diabetes melittus.

O diabetes é uma doença crônica do sistema endócrino que tem por característica principal a hiperglicemia (elevação da taxa de glicose no sangue) causada pela falta ou insuficiência na produção de insulina pelo pâncreas. Existem dois tipos de diabetes: Tipo I ou insulino-dependente e Tipo II ou insulino-independente.

Pesquisas como a realizada no INCOR-FMUSP apontam uma melhora significativa na rotina de pacientes acometidos por esta enfermidade. De acordo com os pesquisadores, a aplicação de um plano alimentar balanceado somado a rotina de treinamento de força/aeróbico, além da terapia farmacológica, alteram de forma altamente positiva o quadro dos pacientes.

A explicação é que: "Durante o exercício o transporte de glicose na célula muscular aumenta, bem como a sensibilidade da célula à ação da insulina. Muitos fatores determinam a maior taxa de captação da glicose durante e após o exercício, mas, sem dúvida, o aumento do aporte sanguíneo é um importante fator regulador, permitindo a disponibilização deste substrato para a musculatura...". "... .Observa-se, portanto, que indivíduos diabéticos com ausência de insulina ou deficiência na ação deste hormônio conseguem utilizar glicose para contração muscular durante o exercício, podendo esta utilização contribuir para a redução da hiperglicemia." (Irigoyen et. al.)

Além disso, este estudo indica que o aproveitamento de glicose durante o exercício físico em diabéticos é semelhante ao de uma pessoa saudável.

Outros estudos provam que a prática regular de exercícios diminuem a carga de medicamentos utilizados nos tratamentos dos pacientes pesquisados.

Enfim, concluímos que esse "receio" existente ainda hoje, não passa de ignorância. No entanto é de extrema importância que todo o programa de exercícios, plano alimentar e medicamentos sejam devidamente supervisionados integralmente pelo(a) educador(a) físico(a), nutricionista e endocrinologista respectivamente, sob risco de mau súbito que pode ser fatal.

A dica foi dada... Vamos suar!!!


Doutrina da Musculação

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